O Grupo Escolar Aurélio Pires de Gouveia, também materializa a minha saudade! Lembro-me, bem, apesar de ter, apenas, 05 anos, do dia em que, pela primeira vez, minha mãe e professora conduzindo-me, pela mão, levou-me a um mundo novo para mim - O Mundo da Aprendizagem, representado por esta Escola querida. A diretora era D. Adalgisa e as professoras, além de minha mãe, eram: D. Zezé Ribas, D.Olga, D.Odília, D. Marília, professora de meu irmão Guido até a 4ª série, dela recebendo o diploma; D Vitalina Ribas, professora de meu irmão, Noel, também da 1ª à 4ª série, com quem ele se diplomou. Com D. Vitalina, Noel ia e voltava da Escola, todos os dias. D. Ritinha, professora de meu irmão, João Bosco, na 1ª e 2ª séries, quando, então, nos mudamos para Curvelo. Como me lembro do pré-livro de Lili e da magia das histórias contadas! Que tempo feliz! Como aprendíamos! Que belas excursões, em que minha mãe dramatizava, conosco, os fatos históricos, entre eles, a guerra do Paraguai e a Batalha final, às margens do Córrego do Sr. Afonso Brasil, representando o Rio Riachuelo, onde ela se travou! Que maravilhosas e educativas Horas Cívicas promovidas pelas professoras, assistidas por toda a Comunidade gouveiana, quando eu declamava poesias de Olavo Bilac, Casimiro de Abreu e dos inconfidentes, como esta que se segue, aqui. O meu jeito de declamar emocionava D. Inhazinha, esposa do Sr. Augusto Taioba, pais de D, Zezé Ribas, sogros do Sr. Efigênio Gomes Pereira. Até hoje a sei de cor, como de cor sei o nome dos afluentes das margens direita e esquerda do Rio Amazonas; tudo sobre o Rio São Francisco, genuinamente brasileiro, pois saíamos do “Grupo Escolar” com noção de todos os assuntos históricos e geográficos. Mas, vamos à poesia. A Dona Bárbara Heliodora ( • Poesia Brasileira ) Alvarenga Peixoto Bárbara bela, Do Norte estrela, Que o meu destino Sabe guiar, De ti ausente Triste somente As horas passo A suspirar. Por entre as penhas De incultas brenhas Cansa-me a vista De te buscar; Porém não vejo Mais que o desejo, Sem esperança De te encontrar. Eu bem queria À noite e o dia Sempre contigo Poder passar; Mas orgulhosa Sorte invejosa, Desta fortuna Me quer privar. Tu, entre os braços, Ternos abraços Da filha amada Podes gozar; Priva-me a estrela De ti e dela, Buscam dois modos De me matar! Impossível, deixar de registrar aqui, as aulas de Canto, dadas, gratuitamente, pelo maestro Senhor José Maria e sua clarineta! Com ele aprendemos a cantar o Hino Nacional a quatro vozes. Não posso omitir, também, o nome de D. Flora, excelente zeladora da Escola e das nossas almas infantis, por nos ministrar, com fervor, aulas de catecismo! Seria injusta para com D. Odília se não mencionasse um fato. É que a ela, minha mãe, certo dia, me entregou, irritada que estava, com minhas contas de dividir, cujo quociente dava maior que o resto. Na classe dela fiquei, apenas, por uns 15 dias. Com que abnegação, D. Odília me ensinou a dividir por 2 números e me retornou à classe de mãe dizendo-lhe:- Antônia, tome Dora de volta. O lugar dela é aqui! -Obrigada, D. Odília, querida, pois, de tanto errar (não gostava de Matemática e não tinha interesse pelas aulas) minha mãe terna e bondosa já se impacientava com a minha não aprendizagem! É muito comum isso acontecer, quando se é professora do próprio filho!- Obrigada a minha mãe, a todas as professoras do Grupo Escolar “Aurélio Pires” que fizeram o alicerce intelectual e moral, não só meu, mas de inúmeros gouveianos, que, por aqui ou alhures, se orgulham de suas primeiras lições para a vida, nesse educandário!
ERRATA! No comentário acima, leia-se: "quociente menor que o resto", que caracteriza as contas ERRADAS, com as quais a minha mãe e professora, D. Antônia Fernandes de Paula, se irritava!
Lembro-me de mapas enormes dos 5 continentes, fixados na parede lateral de cada sala de aula, eles sempre me tiravam a atenção de aulas que não me interessavam muito.
O Grupo Escolar Aurélio Pires de Gouveia, também materializa a minha saudade!
ResponderExcluirLembro-me, bem, apesar de ter, apenas, 05 anos, do dia em que, pela primeira vez, minha mãe e professora conduzindo-me, pela mão, levou-me a um mundo novo para mim - O Mundo da Aprendizagem, representado por esta Escola querida.
A diretora era D. Adalgisa e as professoras, além de minha mãe, eram: D. Zezé Ribas, D.Olga, D.Odília, D. Marília, professora de meu irmão Guido até a 4ª série, dela recebendo o diploma; D Vitalina Ribas, professora de meu irmão, Noel, também da 1ª à 4ª série, com quem ele se diplomou. Com D. Vitalina, Noel ia e voltava da Escola, todos os dias. D. Ritinha, professora de meu irmão, João Bosco, na 1ª e 2ª séries, quando, então, nos mudamos para Curvelo. Como me lembro do pré-livro de Lili e da magia das histórias contadas! Que tempo feliz! Como aprendíamos! Que belas excursões, em que minha mãe dramatizava, conosco, os fatos históricos, entre eles, a guerra do Paraguai e a Batalha final, às margens do Córrego do Sr. Afonso Brasil, representando o Rio Riachuelo, onde ela se travou! Que maravilhosas e educativas Horas Cívicas promovidas pelas professoras, assistidas por toda a Comunidade gouveiana, quando eu declamava poesias de Olavo Bilac, Casimiro de Abreu e dos inconfidentes, como esta que se segue, aqui. O meu jeito de declamar emocionava D. Inhazinha, esposa do Sr. Augusto Taioba, pais de D, Zezé Ribas, sogros do Sr. Efigênio Gomes Pereira. Até hoje a sei de cor, como de cor sei o nome dos afluentes das margens direita e esquerda do Rio Amazonas; tudo sobre o Rio São Francisco, genuinamente brasileiro, pois saíamos do “Grupo Escolar” com noção de todos os assuntos históricos e geográficos. Mas, vamos à poesia.
A Dona Bárbara Heliodora
(
• Poesia Brasileira
)
Alvarenga Peixoto
Bárbara bela,
Do Norte estrela,
Que o meu destino
Sabe guiar,
De ti ausente
Triste somente
As horas passo
A suspirar.
Por entre as penhas
De incultas brenhas
Cansa-me a vista
De te buscar;
Porém não vejo
Mais que o desejo,
Sem esperança
De te encontrar.
Eu bem queria
À noite e o dia
Sempre contigo
Poder passar;
Mas orgulhosa
Sorte invejosa,
Desta fortuna
Me quer privar.
Tu, entre os braços,
Ternos abraços
Da filha amada
Podes gozar;
Priva-me a estrela
De ti e dela,
Buscam dois modos
De me matar!
Impossível, deixar de registrar aqui, as aulas de Canto, dadas, gratuitamente, pelo maestro Senhor José Maria e sua clarineta! Com ele aprendemos a cantar o Hino Nacional a quatro vozes. Não posso omitir, também, o nome de D. Flora, excelente zeladora da Escola e das nossas almas infantis, por nos ministrar, com fervor, aulas de catecismo! Seria injusta para com D. Odília se não mencionasse um fato. É que a ela, minha mãe, certo dia, me entregou, irritada que estava, com minhas contas de dividir, cujo quociente dava maior que o resto. Na classe dela fiquei, apenas, por uns 15 dias. Com que abnegação, D. Odília me ensinou a dividir por 2 números e me retornou à classe de mãe dizendo-lhe:- Antônia, tome Dora de volta. O lugar dela é aqui! -Obrigada, D. Odília, querida, pois, de tanto errar (não gostava de Matemática e não tinha interesse pelas aulas) minha mãe terna e bondosa já se impacientava com a minha não aprendizagem! É muito comum isso acontecer, quando se é professora do próprio filho!- Obrigada a minha mãe, a todas as professoras do Grupo Escolar “Aurélio Pires” que fizeram o alicerce intelectual e moral, não só meu, mas de inúmeros gouveianos, que, por aqui ou alhures, se orgulham de suas primeiras lições para a vida, nesse educandário!
ERRATA!
ResponderExcluirNo comentário acima, leia-se: "quociente menor que o resto", que caracteriza as contas ERRADAS, com as quais a minha mãe e professora, D. Antônia Fernandes de Paula, se irritava!
Lembro-me de mapas enormes dos 5 continentes, fixados na parede lateral de cada sala de aula, eles sempre me tiravam a atenção de aulas que não me interessavam muito.
ResponderExcluir