sábado, 8 de dezembro de 2012

Gouveia, Minas Gerais, Brasil, Pe. Luiz Barroso






   Padre Luiz Barroso

Antigo Pároco de Gouveia-MG




José Moreira de Souza - Afrânio, foi oportunidade de ouro para Gouveia se lembrar do padre Luiz Barroso. Não sei porque até hoje não há pelo menos um beco com o nome dele. De fato ele merecia uma praça. Homem valente e profundamente cristão. Na estátua de Santo Antônio até o nome dele está errado.


Graça de Almeida Carvalho - Concordo com você, Zé. Pe. Luiz doou anos de sua vida na construção do Reino de Deus, físico e espiritual, em Gouveia. Merecia ser perpetuado. Aliás, faltam projetos...para a execução...não?



Ismar Antunes Oliveira - Estava olhando o livrinho do meu batizado e foi ele quem me batizou... Que Deus o tenha...

  • Gil Martins de Oliveira - Ô, Moreira, além de tudo isso, ele era bom no tiro, lembra-se?

  • José Moreira de Souza - Bom e meio! Adilson já publicou um artigo sobre como aprendeu a atirar, no Portal Gouveia. Você não precisou. Seu estilingue era infalível.

    Adilson Nascimento - O Titulo do meu artigo para o Padre é: Meu Professor de Tiro.

  • Afrânio Gomes - Lembram do carrinho preto, a chimbica? Era muito veloz

    Graça de Almeida Carvalho - E a cigarrinha?

  • Afrânio Gomes - Voces lembram quando os padres usavam uma coroa raspada no redemoinho do couro cabeludo? Lembro do Pe. Luiz dizendo com era feito isso, era muito trabalhoso manter aquilo.

    Leila Karla Cunha - Porque usavam o cabelo assim?

  • Afrânio Gomes - Todos os padres tinham essa coroinha, era do tamanho de uma tampa de garrafa, era como uma identificação.

    Gil Martins de Oliveira - Afrânio, trata-se da tonsura, uma marca, um sinal de que a pessoa entrando para o clero estava abrindo mão das vaidades humanas. Costume suprimido por Paulo VI, Só que, achava que os padres carecas deveriam colar algo redondo ou pintar no devido local. Mas acabou não sobrando, tonsura, nem batina e nem o clergyman. Como diz o meu amigo, Zé Bejo, daqui da roça "pra mim padre  sem batina, é homem como outro qualquer".

  • José Moreira de Souza - Padre Luiz tinha grande apreço pelo Nozinho Cassimiro - Geraldo Bittencourt aprendeu com ele. E também pelo avô de de nosso Adilson Nascimento, Joaquim Marcos. Eles foram os mestres de obra na construção da nova matriz. Padre Luiz era incrível, trabalhou junto dos os pedreiros, com batina e tudo. Aprendeu mecânica consertando sua chimbica que vivia estragada. A moto, não era bem isso, era uma monareta com o qual ele fazia proezas na cidade. Certa fez, o Efigênio estava calçando a rua da frente - a avenida JK. Padre Luiz precisou atender um doente lá na Cruz das Almas. Passou pelo calçamento e atrapalhou a obra que não estava compactada. A segunda é que além do Adilson que foi coroinha do Padre Luiz em São Roberto, tinha o Clemente Moreira, filho do Otávio Moreira e Augusta Gomes e o Alvimar Buitrago. Eram crianças solícitas disponíveis para ajudar o padre em todas horas. O Padre Luiz chamava o Alvimar de Boizinho - de Buitrago, Vem daí o nome carinhoso com que é reconhecido.

  • Afrânio Gomes -  Me lembro sim desse veículo do Pe. Luiz, parecia uma bicicleta motorizada, depois ele comprou o automóvel, a Chimbica. Lembro também que ele deixou o carro para a Paróquia quando de sua saída de Gouveia, e ela foi vendida para o Tiano Miranda, mas parece que a Chimbica sentiu saudade do Padre, nunca mais a vi rodar pelas ruas de Gouveia.

    Afrânio Gomes - Me lembro de ainda de Pe. Luiz contado para o Edmar Miranda, que também era seu amigo, as proezas da chimbica, subia a rampa da capelinha sem o menor esforço e parava a sombra da árovore.

  • Adilson Nascimento - Eu fui com o Padres Luiz ao Pedro Pereira para uma procissão que seria feita a Luz de vela, à noite. Ao entardecer ele assentou em um banco de madeira da frente da igreja e dava tiros com a sua carabina para o lado de uma cerca de bambu. Depois da procissão ele me disse que fosse até à cerca já que lá havia umas galinhas mortas e que era para eu coloca-las no carro.


  • Afranio Gomes - Certa vez chegou a Gouveia um fotografo em um feriado de Corpus Christi. Todos que acompanhavam a procissão ficaram estarrecidos com as acrobacias que o forasteiro fazia fazia no alto da torre da igreja para achar o melhor angulo, Os fieis mal podiam se concentrar nas orações tamanha era a aflição. Meu pai Antonio Augusto Paulino, pensou: quando o Pe. Luiz chegar da procissão vai dar uma broca nesse forasteiro. Qual nada! O Padre Luiz tão logo chegou, subiu na torre e fez bem pior: deitava e colocava meio corpo pra fora da torre, não para tirar fotos, mas para demonstrar a sua coragem.

Afrânio Gomes - Sempre nos finais de ano o Pe. Luiz convidava os integrantes do coro da igreja para uma confraternização na casa paroquial antes da missa do galo, Jair meu irmão, depois de vários goles de vinho e já no maior porre, resolve fazer uma confissão para o padre no meio daquela farra, Pe. Luiz apenas achava muito graça no meio daquela descontração. Em seguida foram todos para a igreja, Jair, Maestro Zé Maria, Tunico de Mário, Loura, Iracema e outros subiram para o coro, o Jair tumultuou toda a missa ameaçando pular lá de cima do coro na torre. 

 Gil Martins de Oliveira - Certa vez, ele convidou alguns seminaristas para almoçar com ele, eu no meio. Só que acabei me esquecendo do compromisso. Quando fui me justificar, ele, simplesmente me mandou para a pqp e pronto. Ele era desse jeito mesmo...

Graça de Almeida Carvalho - Fiquei com saudades de suas estranhices: gostava de aparecer lá em casa à noite,  pai e mãe já estavam deitados (pai ouvindo rádio, mãe do lado)...Ele entrava, sentava na beira da cama, acendia o cigarro e o papo ia longe...Deus o tenha...


Vejam também o vídeo de sua última viagem a Gouveia, clicando no link abaixo :


CANAL GOUVEIA – YOUTUBE
GOUVEIA-MG, Pe. Luiz Barroso, Homenagem

4 comentários:

  1. Fico feliz em ver o quanto o meu Tio Pe Luiz era amado e admirado , hoje em Sta Maria há bairro , comércio e até um porto de saúde com o seu nome . os santa Marienses jamais se esquecerão de uma figura tão importante . Eu sou sobrinha dele , filha do Antonio Barroso , também já falecido , e lembro -me quando eu era criança e saía de São José do Jacuri para passar férias com ele só para ir nas pescarias , nas roças onde ele cuidava dos doentes e ia dar a Extrema Unção . Só falta fazer uma biografia completa dele , mas já estamos providenciando isto . Abraços a todos os que o tinham em elevada estima e consideração

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    1. Seria bom fazer a biografia do Pe. Luiz, conte comigo para ajudar nas pesquisas aqui em Gouveia.

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  2. Que saudade do Padre Luiz. Ele celebrou minha Primeira Comunhão em Gouveia minha terra natal de coração.

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  3. ola gostaria de ouvir a oraçao pela interceçao do conego lafaiete ,na voz do querido padre luis barroso

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