segunda-feira, 24 de maio de 2010

Matriz de Santo Antonio

Foto nº 842

Evento: Antiga Matriz de Santo Antonio na Pç. Pe. José Machado. O Jardim da Praça recém construído.
Data: provável 1959
Fonte: Efigênio Gomes Pereira

2 comentários:

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  2. Dorinha disse...
    Revendo a Matriz de Santo Antônio, marco material indelével de minha fé em Deus, dou um mergulho em mnh'alma e me torno criança. Revejo, na abóbada do templo, a pintura de uma tela, representando as Três Pessoas da Santíssima Trindade, as missas celebradas de costas, pelo Padre José da Mata Machado e, mais tarde, pelo Padre Serafim Fernandes de Araújo, hoje, emérito cardeal! Recordo-me das Bênçãos do Santíssimo e de todas as celebrações em latim!
    Porém, no ápice de tudo, vivencio a minha primeira comunhão, preparada que fui pela mais virtuosa catequista, D. Flora, mãe do atual sociólogo, José Moreira de Souza! Com que fervor D. Flora nos organizava em alas, para recebermos Jesus! Relembro-me, neste momento, de que a escadaria da Igreja, também, era local de lazer! Minhas amiguinhas e eu, nela sentávamos, para jogarmos pedrinhas intituladas: três Marias, cinco e doze Marias!
    Curioso! Jamais ouvi, novamente, desse jogo falar! Conheci todos os moradores dessas casas, ao lado da Matriz. Não havia a pracinha, com o jardim central. Que tempo de paz era aquele, quando as crianças podiam brincar pelas ruas de pegador, maré, finco e bolinhas de gude Eu, criada entre irmãos, pois Vera, minha irmã primogênita, hoje, falecida, estudava em Diamantina e a caçula não havia nascido, participava de todos os folguedos com Noel e João (falecido). Quanto ao Guido ( falecido), ele também estudava fora. Reinava a inocência e éramos as crianças, anjos humanizados, que tínhamos o privilégio de não ter, apenas uma mãe, mas todas as mães gouveianas, que nos olhavam como filhos seus. Sentávamos à porta à tardinha. À noite, ouvíamos pelo rádio junto a nossos pais, a Ave Maria de Júlio Louzada e o Repórter Esso. Antes de dormirmos, a hora da oração era sagrada! Todos rezavam o terço contemplado por minha mãe, sendo, de joelhos, o primeiro e o último mistérios. Após, havia as intermináveis, mas piedosas ladainhas rezadas por minha mãe e Vina (mãe por afeição)! Às invocações respondíamos:- Rogai por nós! Quanta piedade e fé, a fazerem nós, seres voltados para o bem, agradecidos e tementes a Deus!- Onde está a minha infância? Procuro-a, não a encontro! Impossível encontrá-la, se o Tempo a levou! Entretanto, dela, ficaram inseridos em mim, os valores da esposa, mãe e avó que, hoje, sou! Porém... "Eu era feliz e não sabia"...

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